Quando se trata de vegetarianismo nos deparamos com tantos termos, tantos nomes e definições distintas que é absolutamente normal as dúvidas e confusões. Vegetariano, ovolactovegetariano, lactovegetariano, ovo-lacto-api-vegetariano, vegano (ou vegan), crudivorista, frugívoro, freegan... Nossa, quanta informação! mas depois que compreende a sistemática do negócio, fica fácil entender e distinguir melhor os tipos de vegetarianismo.
Primeiramente é importante ressaltar que no projeto em questão, para fins didáticos consideraremos "vegetarianismo" um termo genérico, sendo todos os outros entendidos como vertentes que permeiam ou estão inseridas neste grande grupo, muito embora por conflitos puramente terminológicos e filosóficos haja uma "briga" imensa em distinguir "vegano" e "vegetariano", isso tudo porque a linha entre "dieta alimentar" e "estilo/filosofia de vida" é bem tênue, causando grande burburinho entre adeptos de segmentos diversos e na sociedade em geral, muitas vezes, porque entre os adeptos mais radicais e fanáticos há certas disputas ideológicas entre os seguidores de um estilo/dieta e os de outro, passando uma imagem de divisão de tribos, como acontece em outras temáticas sociais, tais como estilo musical, equipes esportivas, dentre outros.
A real é que depois que se entende cada uma das terminologias e suas peculiaridades básicas e em quais contextos se aplicam, percebe-se que na verdade fazem parte de um todo e daí em diante pouco importam os conceitos, o que permanece é a prática, e cada indivíduo adota a que melhor se encaixa em seu contexto, baseando-se em seus objetivos, necessidades, limitações e grau de consciência. Muitos indivíduos tem intenção de se chegar num estágio mais avançado dentro do vegetarianismo, porém, usam os outros estágios considerados menos "radicais" como processo de transição, por exemplo: é comum um onívoro (quem se alimenta não só de alimentos de origem vegetal, mas também dos vários alimentos de origem animal) que deseja se tornar 100% vegetariano começar o processo diminuindo e/ou excluindo a carne de sua dieta, logo depois abandonando os ovos, depois laticínios, pensando de forma mais holística, se atentando para questões ambientais, se posicionando contra a violência e exploração animal, bem-estar pessoal, tanto físico, quanto psicológico; enquanto outros optam apenas por eliminar a carne com intuito de melhorar sua saúde; outros tem pensamentos mais subversivos de não contribuir com o sistema capitalista, de certo modo boicotando a industria da alimentação e vivendo alternativamente. Diante dos exemplos, fica claro que a definição a ser usada muda conforme as circunstâncias do grupo ou indivíduo.
Seguiremos com postagens que explicarão uma a uma as terminologias utilizadas.
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